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Bons ou Maus?

outubro 1, 2007

Cão da raça Pit Bull divide opiniões  

Ter um cachorro da raça Pit Bull está criando muita polêmica, uns acreditam que o cão é dócil e tenaz, enquanto outros abominam a criação do animal no meio doméstico e chamam até de irresponsáveis os pais que deixa crianças brincarem com a raça.

Nos últimos dias foram três casos de ataques com uma vítma fatal, feitos por cachorros da raça Pit Bull. Roberto Andrade que é veterinário em uma clínica de Salvador,  nega que o animal seja violento por natureza. -“O cão Pit Bull é como qualquer outra raça, onde varia de comportamento de acordo com a criação. Se o cão cresce em lar tranqüilo o animal tende a ser mansinho podendo conviver até com crianças, porém se o animal for criado em local agitado e foi treinado para ataque ele terá personalidade agressiva, variando também na escolha do filhote”, explica .

O veterinário revela que se alguém vai escolher um cachorro em uma mantilha, deve-se observar na ninhada se o cão é um manso, a dica é levar o filhote que fica quieto no grupo Se quiser um cão para vigia leva-se o mediano, que é aquele que só brinca quando é incentivado – ele servirá de alerta. Mas se quiser um de ataque deve levar o filhote alfa, este é identificado por ser o mais traquino do grupo, morde os outros filhotes e nunca fica quieto.

 

 

Ataques – há um ano um policial quis se identificar foi atacado nas proximidades do semáforo situado no Dique do Tororó. Ao perceber que o dono do cão não tomou nenhuma atitude para deter o animal, teve que atirar no cão, já que ele não desgrudava de sua perna, que sangrava muito. “Achei o dono do cão suspeito, já que não tomou nenhuma iniciativa para repreender o animal”, declarou. A vítma teve que tomar sete vacinas anti-rábicas, já que não tinha a informação se o cão era vacinado ou não.  

A dona de casa Heloísa Galant, moradora de São Paulo,  declara não ter preocupação alguma com a presença do animal. Ela diz que a cadela Arena foi um grande estímulo para a recuperação de sua filha Isabela de 7 anos, já que os estímulos da filha para se locomover e falar veio com a presença do animal, que nunca se comportou de forma agressiva.  “Ela foi treinada, nunca incentivamos a violência” afirma.

Na Inglaterra e França é proibido criar de qualquer forma o cachorro da raça pit Bull. Ainda não há leis que legitime tal proibição. No Brasil, os estados estão criando suas próprias normas. Em Minas Gerais já foi aprovada uma lei em que torna culpado criminalmente o dono do cão diante de ataques feitos pelo animal, junto com a pena é aplicado também multa de R$ 3 a R$ 5 mil.

“Cabe ao estado a competência para legislar, criando leis  para determinar o  usos de                      coleira e focinheira em cães tidos como bravos a exemplo do pit bull”, declarou Cleonice Souza , Procuradora de Justiça.

 

Origem o cão Pit bull surgiu no séc XIX. O parlamento Inglês proibiu um esporte sangrento entre animais de nome Bull  baiting. No jogo, cães bulldogs eram utilizados para atacar touro na arena, o que consistia em o cão derrubar o touro. Tudo isso para distração da realeza e seus súditos.

Os Parlamentares da época tomaram medidas para proibição por conta da opinião pública. Sendo banida esta modalidade os criadores desse esporte passaram a criar animais para rinha (briga), o bulldog foi o precursor, fizeram a junção de duas raças bulldog e terrier, gerando filhotes de Half and half ou Bull and Terriers, cães dotados de muita agilidade e força. Com o passar do tempo novos cruzamentos foram surgindo, então novas raças Staffordishire Bull Terrier, Bull Terrier, Irish Staffordisihe Bull Terrier e o Pit Bull, que tinha padrão em temperamento, mas nenhum em estética.

Com imigração para o Estados Unidos esses cães passaram a ser usados em guardas de fronteiras e fazendas.